Geologia
Geossítio Cânion do Rio São João
O cânion do Rio São João se formou pela ação das águas do rio, num processo de erosão regressiva ao longo do tempo geológico. Há milhares de anos o Salto se situava bem mais a leste e, ano a ano, ele recua milímetros para montante, para oeste. A queda d’água faz o trabalho de uma “verdadeira serra”, cortando a rocha.
No entanto, a formação deste cânion, com paredes abruptas, se deve a existência da soleira de diabásio. É a forma como esta rocha desmorona, de forma vertical, devido a estruturas verticais internas da rocha. Se não houvesse a soleira de diabásio, apenas os siltitos, certamente as encostas seriam bem menos íngremes, não produzindo este espetacular cânion com paredes verticais.
A ROCHA
O diabásio, uma rocha ígnea, formou-se pela cristalização do magma próximo à superfície, no caso, ocorrem neste local por meio de corpos ígneos tabulares (soleiras).
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- A entrada é gratuita
- Aberto de quarta a segunda-feira das 9h às 16h
- Fechado apenas às terça-feira
- PROIBIDO a entrada de animais domésticos
- Primeiro mirante em reforma
- Grupos devem acessar o documento abaixo e preencher com os dados dos visitantes, imprimir e levar no dia da visita.
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Geossítio Casas de Pedra
Um conjunto de cavidades que estão em um nível de rochas carbonáticas da Formação Teresina, a qual abrange grande parte do território de Prudentópolis. Estas cavernas ocorrem pela dissolução do calcário, ou rochas carbonáticas, pela ação da água enriquecida em ácidos húmicos, isto é, um processo de carstificação (carste ou karst).
KARST
karst é formado em paisagens em que o substrato rochoso são rochas solúveis em água acidificada, como os calcários e dolomitos. Trata-se de uma palavra de origem servo-croata (Karst) que significa “campo de pedras calcárias”. O karst apresenta uma topografia muito peculiar, originada da lenta (milhares de anos) dissolução de tais rochas, resultando na formação de dolinas, desaparecimento de drenagens, surgências, formação de cavernas e por uma complexa drenagem subterrânea.
ESPELEOTEMAS
Durante o longo período da formação das cavernas desencadeia-se a formação dos espeleotemas. Tratam-se de ornamentos formados pela cristalização de minerais (principalmente calcita, aragonita e gipsita). Após se infiltrar pelas zonas de fraqueza e dissolver a rocha carbonática, a água se torna rica em bicarbonato de cálcio. Essa água circula pelo maciço rochoso até brotar do teto de uma caverna. Cada gotícula, saturada de sais, precipita o bicarbonato de cálcio no contato da gota com o teto da caverna. Assim, gota após gota, se formam os espeleotemas como as estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, etc
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Geossítio Afloramento Pirambóia
Um afloramento é a exposição de uma rocha na superfície da Terra. Neste caso, é composto principalmente por arenitos, que são rochas sedimentares formadas por grãos de areia. Este afloramento está localizado na borda Oeste do município de Prudentópolis confrontando com a Escarpa da Serra da Esperança. Os arenitos da Formação Pirambóia são uma área importante de recarga do grande Aquífero Guarani.
O Aquífero Guarani é uma das maiores reservas subterrâneas de água doce do mundo, localizado no centro-sul da América do Sul, abrangendo áreas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Ele tem uma grande disponibilidade hídrica, com a entrada de água no sistema subterrâneo.
Com a expansão da urbanização e da industrialização nas áreas do aquífero, a contaminação do solo tem afetado a qualidade da água. Por isso, a conservação deste afloramento para que trabalhos de educação ambiental se desenvolvam são de fundamental importância para as futuras gerações.
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Geossítio Escarpa da Esperança
O relevo paranaense é dividido em 3 planaltos principais: Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba; Segundo Planalto ou Planalto de Ponta Grossa; Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava; Prudentópolis está inserido na borda oeste do segundo planalto.
A Escarpa da Esperança pode ser compreendida como um degrau geomorfológico que demarca essa transição entre os Planaltos Paranaenses. Os cursos fluviais ao se lançarem dos paredões da escarpa acabam formando belíssimas paisagens das quedas d’água, como por exemplo, o Salto São Francisco, Saltos Gêmeos, Salto das Pombas, entre outros.
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Paleontologia
Geossítio Pedreira Vila Mariana
Os sedimentos desta formação, que posteriomente se transformaram em rochas em rochas – siltitos, arenitos finos, calcários – formas depositados em um ambiente litorâneo, de mares restritos, rasos, com porções lagunares, durante uma importante fase de continentalização da Bacia do Paraná. Muitas evidências do ambiente de formação podem ser apreciadas na grande pedreira próxima à entrada norte da cidade, onde ocorrem além dos siltitos e arenitos finos, camadas de calcário contendo coquinas, estromatólitos, conchas de moluscos, silex, gretas de contração e muitas outras feições especiais.
SAIBA MAIS
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- O Geossítio Pedreira da Vila Mariana está aberto para visitação mediante agendamento prévio com a Secretaria Municipal de Turismo.
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Geossítio Pinheiro de Pedra
O Pinheiro de Pedra é um lenho fóssil, uma antiga conífera do Período Permiano entre 290 milhões a 248 milhões de anos atrás. A fossilização é um complexo processo pelo qual a matéria orgânica se transforma em mineral ao longo de milhões de anos. Esse fenômeno se inicia imediatamente após a deposição do organismo, quando este fica soterrado por sedimentos. A falta de oxigênio impede a decomposição microbiana, permitindo que os restos orgânicos passem por um processo de mineralização gradual, substituindo os componentes orgânicos por minerais ao longo do tempo. Esse processo resulta na preservação dos detalhes anatômicos e na formação de fósseis – importantes registros do passado geológico da Terra.
A LENDA DO PINHEIRO DE PEDRA
Os contos populares indicam que o pinheiro teria sido cortado na Sexta-Feira Santa, uma data sagrada para os cristãos católicos, na qual não é permitido realizar esforço algum, apenas jejuar e louvar a Deus. Certa vez, um jovem desacreditou de sua esposa e desta crença, optando por trabalhar e cortar as árvores. Ao retornar após o almoço para terminar o serviço, percebeu que as árvores haviam se transformado em pedra.
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- O Geossítio Pinheiro de Pedra está aberto para visitação mediante agendamento prévio com um condutor da comunidade de Ponte Nova cadastrado.
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Geossítio Paleotoca Vasselek
Paleotocas são abrigos subterrâneos escavados por mamíferos da megafauna, ou seja, animais gigantes que viveram na era pré-histórica. Na Paleontologia, as paleotocas fazem parte da Icnologia, pois não se trata de ossos fossilizados de animais extintos, mas sim de feições deixadas por eles.
A Paleotoca Vasselek está localizada na comunidade de Morro Alto Perobas, sobretudo na Formação Botucatu, que é constituida principalmente por arenitos quartzosos de granulação fina a média, de coloração vermelha, rósea ou amarelo-clara, bem selecionados, maturos, podendo conter feldspato alterado e cimentado por sílica ou por óxido de ferro, que lhe confere a coloração rosa avermelhada. Este sítio apresenta semelhanças às feições de paleotocas já registradas pertencentes aos Gliptodontes (Tatu Gigante). Neste geossítio não foi observado sinais de garras do animal escavador, mas apresenta mais de uma galeria, o que denota características do animal que a escavou.
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- O Geossítio Paleotoca Vasselek se encontra dentro de uma área particular, entre em contato com o condutor/proprietário da área.
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Arqueologia
Gufan
Gufan, é um indígena que viveu há dois mil anos atrás no território onde hoje é Prudentópolis. Ele é considerado o Paranaense mais antigo já encontrado no estado.
COMO ELE VIVIA?
Gufan pertencia a um povo indígena agricultor, ceramista e que possuía uma engenharia refinada de construções subterrâneas e habitava regiões com matas de pinheiro Araucária. Estudos permitiram esclarecer alguns aspectos de sua vida. “Devido às características do sepultamento conseguimos caracterizar que ele possuía um posto alto na hierarquia social, ou seja, provavelmente seria um líder político ou religioso”, afirma Claudia Parellada do Museu Paranaense onde hoje se encontra os restos mortais do Gufan.
ONDE FOI ENCONTRADO?
Gufan foi encontrado na margem esquerda do Rio Ívai no extremo norte do município de Prudentópolis num local conhecido como “Estirão Comprido”. Na imagem abaixo, os pesquisadores Fernando Silva e Oldemar Blasi delimitam as quadras para realizar a escavação arqueológica no local.
COMO POSSO CONHECER?
Nos dias atuais, o Gufan pode ser visitado no Museu Paranaense, veja mais informações no site do MUPA.
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Geomorfologia
Serra da Rita
Deste local, é possível visualizar o relevo da parte Norte do município de Prudentópolis. O município é dividido em dois grandes Planaltos, o Planalto Prudentópolis e o Planalto Alto Ivaí.
PLANALTO PRUDENTÓPOLIS
No Planalto Prudentópolis, as soleiras dão sustentação ao relevo da metade sul do território deixando-o mais plano. Este aspecto estrutural do relevo reflete no uso e ocupação local, isto é, a agricultura pode ser explorada com mais facilidade nas áreas mais planas, além disso, a solo proveniente da intemperização das rochas advindas do resfriamento rápido do magma como o Bassalto possuí os nutrientes adequados para produção agrícola.
PLANALTO ALTO IVAÍ
O Planalto Alto Ivaí abrange sobretudo a metade Norte do município de Prudentópolis, a ausência das soleiras tornam o relevo dissecado, a rede de drenagem é mais densa e consequentemente os vales são encaixados, o que trás cenários lindíssimos mas por outro lado dificulta o manejo da agricultura nessas áreas.
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